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Foto: beepoint

Com a volta das chuvas e a melhora gradativa das pastagens, o produtor se apressa em colocar suas fêmeas em estação de monta. O início do manejo, no entanto, coincide com a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa, obrigatória para todas as categorias em quase todos os Estados durante o mês de novembro. O que seria tão somente uma mera coincidência tem se tornado uma ameaça à fertilidade do plantel.
Para Sebastião Guedes, vice-presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte – CNPC, é preciso fazer uma alerta sobre o risco. “Os fornecedores de vacina têm obrigação de informar os criadores do efeito negativo que a vacina contra a aftosa pode provocar quando aplicada após a IATF”, diz. Na opinião de Guedes, que também preside o Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa – GIEFA, caberia ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, exigir dos fabricantes de vacinas que invistam na comunicação do problema e, deste modo, orientem os produtores sobre o que fazer para reduzir essas perdas.

Famato muda calendário de vacinação
A Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso – Famato, conseguiu uma vitória importante nesse quesito. A partir de 2017 o calendário de vacinação contra a febre aftosa no Estado será invertido. Em maio a vacina será aplicada no rebanho de mamando a caducando, enquanto em novembro serão vacinados apenas os animais de 0 a 24 meses. Como a maioria das fêmeas entra em idade reprodutiva acima de dois anos, reduz-se o risco de a vacinação coincidir com o manejo reprodutivo, o que pode comprometer os índices de prenhes, como mostrou o estudo. “Outras federações deveriam seguir o exemplo da Famato e pleitear, junto ao Ministério da Agricultura, alterações em seus respectivos calendários de vacinação. Certamente reduziriam os problemas de perda gestacional decorrente da vacina contra aftosa”, finaliza Guedes.

 Sobre o CNPC
O CNPC é uma entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo desenvolver estratégias para o crescimento da pecuária de corte nacional e estabelecer relações entre os vários agentes, representando a cadeia produtiva junto aos governos estaduais e nacional, bem como nos fóruns de discussão internacional que promovam a sanidade, o bem-estar animal e a segurança alimentar. A entidade tem representantes nos principais Estados que se destacam na pecuária nacional sendo, atualmente presidida, pelo Dr. Tirso de Salles Meirelles.