Foto: Divulgação / POLIFER
Fonte: Ribeiro Comunica – Comunicação Corporativa
Aconteceu no mês de setembro, na cidade considerada a “Capital da Borracha”, São José do Rio Preto, situada no interior paulista, a segunda edição do Workshop Polifer. O evento foi realizado próximo ao inicio da safra 2016-17 e contou com a participação de três palestrantes nacionais e, um internacional, que abordaram temas como gestão estratégica de mão de obra nos seringuais, sistemas de gestão para seringais, gestão de pragas no seringal e tendências e estatísticas para o mercado mundial da borracha, este último tema foi ministrado pelo economista indiano, Jom Jacob.
Jacob é responsável por um dos maiores programas de monitoramento de tendências e estatísticas da borracha natural no mundo e conta com os dados fornecidos por todos os países membros da ANRPC. Estes países representam 90% de toda a produção de borracha do mundo e 60% de todo o consumo. Esta é a primeira vez que Jacob vem para o Brasil.
“Ele é um conferencista prestigiado de eventos do setor de borracha em todo o mundo. E quando entramos em contato para apresentar números do mercado brasileiro, ele demonstrou interesse imediato em conhecer nossa produção e falar aos produtores da região sobre o que devemos esperar para os próximos anos”, comenta Aderbal Santos, diretor da Polifer. A empresa é líder de mercado na comercialização de equipamentos e insumos para o setor. “Foi assim que idealizamos o II Workshop Polifer, um evento que tem como principal missão gerar conhecimento para os produtores e apontar os novos caminhos para o mercado”, explica Aderbal.
Rio Preto foi escolhida por ser um pólo produtor tradicional de borracha natural e concentra a maior região da heveicultura do Brasil. De acordo com dados da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, a região possui, aproximadamente, 14 milhões de seringueiras plantadas, o equivalente a 29 mil hectares. O pólo representa, hoje, 30% do total da área plantada do Estado de São Paulo que, por sua vez, tem em torno de 46 milhões de plantas, correspondente a 90 mil hectares.
Por tudo isso, Rio Preto é considerada a Capital Nacional da Borracha, centro de referência em tecnologia de produção e onde estão localizadas o maior número de usinas de beneficiamento de borracha natural do País. “Entendemos que a cidade tem uma vocação natural para abrigar um grande evento de geração de conteúdo e compartilhamento de ideias e boas práticas para a heveicultura”, finaliza Aderbal.
Safra
Segundo relatório da Associação de Países Produtores de Borracha Natural (ANRPC), publicado em julho, o ritmo da produção global de borracha natural vem caindo. A queda surpreendeu o mercado. Em 2015, a área em sangria se expandiu em 243 mil hectares, o que levou a instituição a diagnosticar uma intensa e crescente queda de produtividade.
A influência positiva na queda dos preços internacionais está sendo diluída pelo ritmo de consumo, ainda lento, nos principais países consumidores, em especial, a China. Mas, se a tendência se mantiver, pode-se esperar por uma maior pressão de demanda sobre a oferta a partir de 2020, o que se traduz em altos preços. “A queda nos preços, desde 2013, também afetou de maneira adversa o ritmo de plantios dentre os principais países produtores”, explica Aderbal.
Na região de Rio Preto, nos últimos meses, os produtores aproveitaram o período de senescência, quando a produção é suspensa para que as árvores possam concentrar suas energias na reenfolha, para realizar os trabalhos de manutenção nas árvores e planejamentopara a nova safra. “Este é o melhor momento para o produtor focar na gestão da sua produção para ser ainda mais eficiente e garantir a viabilidade do empreendimento”, finaliza o diretor.