Foto Destaque: Divulgação / Leandro Gasparetti

Aconteceu na Chácara Primavera, em Engenheiro Schimdt, encontro de controladores para debater a caça de animais exóticos invasores na região, o evento contou com a participação em cerca de 150 pessoas. O problema são os animais que estão tomando conta das plantações de produtores rurais e, isso vem causando, além de prejuízos, transtorno a grande maioria deles. “Hoje, por exemplo, até a cana de açúcar sofre com ataque de javali, cerca de um terço da produção é afetada, além de outras culturas fora o prejuízo ao meio ambiente, no caso das nascentes que, em alguns casos chegam a secar, já vi nascentes de propriedades rurais secarem na região” comenta Jeferson Bueno, profissional autônomo.

Jeferson Bueno, profissional autônomo (Foto: Leandro Gasparetti)

Por este motivo o Deputado Estadual, Carlão Pignatari, fez o projeto de Lei nº 558/2018 que dispõe sobre controle populacional de animais exóticos invasores e o manejo sustentável de espécimes silvestres nocivos aos seres humanos. “Além do javali, a capivara, o lebrão, entre outros animais, que além de causarem prejuízos aos produtores rurais, transmitem doenças a população e a outros animais como, febre maculosa, febre aftosa, entre outras doenças” completa Pignatari.

Deputado Estadual, Carlão Pignatari (Foto: Leandro Gasparetti)

“Não temos um predador eminente da capivara na região, que seria a onça ou a sucuri, vamos considerar que tivesse aqui na região, mesmo assim, se esses predadores atacarem uma capivara, vai demorar muito tempo para atacarem novamente e, nesse meio tempo os outros animais da espécie saem por aí estragando as produções ou até mesmo espalhando doenças e, o que queremos é controlar isso” explica Mateus Clemente Silva, instrutor em empresa de segurança. O objetivo não é a caça e, sim o manejo, para poder abater com armas de fogo, com busca com cães, facas, armadilhas com georreferenciada, entre outros.

Mateus Clemente Silva, instrutor em empresa de segurança (Foto: Leandro Gasparetti)

Mas não é qualquer um que pode abater, a pessoa que tiver interesse tem de ser certificada pelo IBAMA e, periodicamente (trimestral) enviar relatórios de quantos javalis foram abatidos, aonde, a forma que foi abatida, entre outras informações. Primeiramente a pessoa tem de ter o Certificado Técnico Federal – CTF e, posteriormente o Certificado de Registro – CR, dentro do CTF, para poder efetuar o manejo. “Antigamente o manejo era mais fácil, hoje ficou mais burocrático, pois além do atirador o produtor também tem que fazer a documentação, pois caso contrário, a caça acaba se tornando ilegal” finaliza Silva.

(Foto: Divulgação)