As características do clima de outono, como aumento dos ventos, quedas constantes de temperatura e níveis de chuva, alteram o plantio de várias culturas, bem como o manejo, em diversas regiões do país, especialmente no Sul e Sudeste. Em uma fase decisiva para o potencial produtivo, algodão e milho possuem demandas hídricas distintas, pois a diminuição das chuvas impacta severamente o milho, enquanto o algodão tolera melhor a escassez do período.
De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a estimativa de produção da safra 21/22 subiu para 2,82 milhões de toneladas, crescimento de 19,6% em relação ao ano passado. Para Lenisson Carvalho, gerente de marketing de grandes culturas da Ourofino Agrociência, os números podem ser atingidos, pois a redução das chuvas permite menor perda das maçãs por podridões e qualidade das plumas.
Dentre as pragas da época, ocorre a presença do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), que ataca os botões florais se alimentando ou ovipositando, o que causa danos e/ou queda da estrutura e redução da qualidade da fibra e da produtividade. Outras, como os pulgões, transmitem viroses e a mosca-branca (Bemisia tabaci), responsável por injetar toxinas que podem causar anomalias no desenvolvimento da planta, além de fumagina, que interfere na capacidade fotossintética e, também, na qualidade da fibra.
O controle dessas pragas ocorre por meio do uso de inseticidas. O Singular®, por exemplo, possui ativo em formulação líquida, único no mercado, é o recomendado pelo especialista para o controle do bicudo-do-algodoeiro.
Para a mosca-branca e pulgões há três alternativas no portfólio da Ourofino Agrociência, de ativos diferentes. São eles: AfincoBR®, com três modos de ação, contato, ingestão e fumigação; Autêntico®, com partículas micronizadas que possibilita rápida absorção e translocação; e a novidade Vivantha®, inseticida de ação sistêmica, importante para o manejo estratégico de pragas.
Além disso, o especialista orienta que a adubação equilibrada em conjunto ao uso dos defensivos agrícolas permite o melhor desenvolvimento da cultura: “O uso dos defensivos agrícolas propicia o controle das pragas e o desenvolvimento adequado, assim como o uso de regulador de crescimento para manutenção do porte correto de plantas e destinação dos nutrientes para a produção das maçãs e, consequentemente, melhor produtividade.”
Em contrapartida, a cultura do milho necessita das chuvas para mais rendimento das lavouras. Lenisson explica que a seca pode reduzir drasticamente a produtividade, assim como a performance dos defensivos utilizados. “Para minimizar esse efeito, o agricultor deve fazer o manejo de pragas e doenças adequados, proporcionando o melhor ambiente para o desenvolvimento da cultura, tendo menor estresse por fatores bióticos”.
Ele alerta ainda para o estágio de desenvolvimento avançado da cultura do milho: “Neste momento, é necessário focar no manejo de pragas e doenças para proteger a planta e para que ela possa ser mais tolerante aos fatores abióticos, como seca, ventos fortes que possa causar tombamento da cultura, entre outros”.
Nessa fase, o destaque fica para o Teburaz®, fungicida sistêmico para o controle de doenças do milho que atacam as folhas, as quais reduzem a área capaz de realizar a fotossíntese, e, consequentemente, a produtividade. A solução atua em diversas fases do alvo e possui boa flexibilidade de uso.
As regiões mais favoráveis para o plantio do milho são Paraná, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. São os locais onde a safrinha teve um excelente desempenho e boa produtividade, devido ao maior período de chuvas.
Fonte: Asessoria