Simpósio discute o mercado de carbono na região de Rio Preto

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Foto: Ciflorestas

Nos dias 26 e 27 de julho, o Instituto Ambiental Maria Peregrina realizará o 1º Simpósio de Crédito de Carbono, na Acirp (Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto).
Entre os principais objetivos do simpósio estão a apresentação do mercado de carbono e a sua legalidade no Brasil para produtores rurais, empresários, estudantes, prefeituras e empresas que participam de licitações públicas.
Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE). Este mercado ficou estabelecido a partir da assinatura do Protocolo de Quioto, em 1997, que estabeleceu metas de redução de emissões de dióxido de carbono para os países mais industrializados do planeta.
Os participantes vão conhecer também os modelos de levantamento do crédito de carbono nas diversas culturas e as vantagens deste mercado para a melhoria de receita do produtor rural.
O que poucos produtores sabem é que podem ganhar dinheiro com o chamado sequestro de CO2 – quando está na fase de crescimento, a árvore precisa de uma grande quantidade de gás carbônico e busca esse elemento na atmosfera. É aí que ocorre o sequestro de carbono. Quanto mais árvores plantadas, maior será a absorção deste gás poluente que contribui para o aquecimento global e o desequilíbrio ambiental. Dados de 2015 apresenta que cada árvore de seringueira gera uma receita de R$ 5,00 a R$ 15,00 de crédito de carbono.
Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) sequestrada do meio ambiente é equivalente a um crédito de carbono, que é então vendido para empresas e até mesmo para países poluidores.
Para realização do simpósio, foi constituído um grupo de trabalho, com a participação dos técnicos da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral de São José do Rio Preto), em parceria com o Instituto Ambiental Maria Peregrina e outras instituições, na qual já foram efetuados os primeiros levantamentos dos sequestros de carbono na cultura da seringueira.
“Com este modelo pronto de comercialização do crédito de carbono, é possível debater e conhecer outros trabalhos similares em andamento em outras culturas, diz o presidente do Instituto Ambiental Maria Peregrina”, Rogério Fisher Duque.
Segundo ele, “vamos ouvir todos os envolvidos no simpósio, como membros do IEA (Instituto de Economia Agrícola), a CATI, da Bovespa – responsável pelos leilões de crédito de carbono – e as entidades do 3º setor que atuam neste segmento, para identificar os modelos de sistematização de reconhecimento do sequestro de CO2 e os mecanismos de comercialização do crédito de carbono.”

Inscrições pelo tel. 17 3236 5566 ou pelo site www.escolamariaperegrina.org.br