Fotos: Divulgação
Fabrício Hertz é Chief Executive Officer Horus Aeronaves
Um método eficaz de obtenção de dados topográficos por meio de fotografias aéreas, a aerofotogrametria, palavra de origem grega, traz para o universo da topografia uma nova possibilidade de mapeamento. É por meio desse método que se torna possível a produção de mapas e cartas topográficas.
O método da aerofotogrametria, iniciado em 1903, evolui junto às novas tecnologias, adaptando-se às demandas que surgem no mercado vigente.
Com uma câmera embarcada, preferencialmente em drones de asa fixa, realiza-se a captação das imagens georreferenciadas, que, para serem processadas, serão sobrepostas umas às outras (com um índice costumeiramente de 70% a 80% na parte lateral e frontal). A imagem digital é transformada numa ortofoto através da Retificação Diferencial.
Com o intuito de um voo com maior estabilidade, é necessário traçar-se um plano de voo, em um software de planejamento, para que as fotos sejam captadas “em faixa”, cobrindo todo o terreno paralelamente.
Para a realização de mapeamento aéreo com a aerofotogrametria é necessário solicitar a autorização junto ao Ministério da Defesa. Além disso, tanto o operador, quanto o drone, devem estar regulamentados junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Resultados
Com o uso de drones na aerofotogrametria, o GSD (índice de resolução da imagem) é muito maior, se comparado às imagens de satélite. Para exemplificar, o GSD dos drones da Horus podem chegar a 1,3 cm/pixel, enquanto o GSD dos satélites ficam em torno de 1 a 2 m/pixel nas aplicações mais convencionais. Ou seja, quanto menor o GSD, maior é a resolução espacial e maior é a qualidade de imagem, ou seja, haverá mais detalhes visíveis na imagem e mais informações a serem estudadas.
Como produto das imagens captadas no mapeamento aéreo a partir da aerofotogrametria, têm-se os materiais cartográficos em modelo digital, como: nuvens de pontos, ortofotos, MDS (Modelo Digital de Superfície), MDT (Modelo Digital do Terreno), imagens multiespectrais, informações de relevo, distância, tamanho, altura de objetos e volume, entre outros.
Os softwares de processamento de imagens disponibilizam diversas ferramentas e, cada vez mais, são reveladas novas funcionalidades à medida que os usuários identificam diferentes necessidades durante os aerolevantamentos.
Com o processamento posterior das imagens é possível realizar diversos diagnósticos e análises de acordo com a necessidade do seu levantamento topográfico.
Para o levantamento topográfico, a aerofotogrametria vem como uma solução e eficiente, que, somada ao uso dos drones na realização do mapeamento, traz eficácia, segurança e economia de tempo e recursos ao negócio.
Vantagens
A aerofotogrametria pode proporcionar diversos benefícios ao produtor agrícola pois a mesma é capaz de gerar informações importantes ao planejamento da propriedade, como por exemplo a agilidade na tomada de decisão; identificação da variabilidade do campo; aumento do lucro; redução de custo; diversidade de aplicações; possibilidade de aplicar técnicas de Agricultura de Precisão; possibilidade de auxílio ao Manejo Integrado de Pragas e Doenças, além da verificação de problemas pontuais no campo.
A aerofotogrametria por ter diversas aplicações é indicada na otimização de várias atividades agrícolas, entre as atividades beneficiadas destacam-se a Topografia e Georreferenciamento, Silvicultura, Fruticultura, Cultivo de Plantas de Lavoura, Manejo de Pastagens, Olericultura, Avaliação e Perícias do Imóvel Rural, Gestão e Manejo Ambiental, entre outras.
Benefícios aos produtores
O produtor agrícola não precisa de nenhuma especialização para utilizar os VANTs para mapeamento se operar uma aeronave automática. Desta forma, o aerolevantamento e a aquisição dos dados a campo podem ser realizados por qualquer pessoa. É necessário apenas um treinamento para se traçar o plano de voo, através de um software muito simples, e outro para armar a catapulta no campo para o equipamento alçar voo. Toda essa parte prática é ensinada pela empresa Horus Aeronaves.
Fabrício Hertz é Chief Executive Officer Horus Aeronaves