Inversão do calendário de vacinação da Febre Aftosa

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Foto: Divulgação

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) aprovou a medida de inversão do calendário de vacinação a partir de 2018, conforme Resolução SAA – 55/2017.
O ajuste foi realizado a partir de solicitação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento ao MAPA, considerando o pleito do setor produtivo. O objetivo da alteração é uniformizar o sistema com o calendário adotado pelos demais Estados a fim de retirar a vacinação em 2021, veja abaixo como ficará:
Etapa maio: vacinação de todo o rebanho bovino e bubalino (rebanho geral);
Etapa novembro: vacinação de bovino e bubalino até 24 meses;
A inversão do calendário, em um primeiro momento, e a suspensão da vacinação em alguns anos trarão ganhos de eficiência na inseminação artificial em tempo fixo (IATF) e redução de despesas aos pecuaristas, atualmente estimadas em R$ 670 milhões, por ano, no Brasil.

OIE considera Brasil país livre de febre aftosa com vacinação
O Brasil foi considerado área livre de febre aftosa com vacinação pela OIE-World Organisation for Animal Health, a organização mundial de saúde animal. O aceite deverá ser oficializado em reunião da entidade entre os dias 20 e 25 de maio. Desde 2000, o Estado de São Paulo já detém o status de “livre com vacinação”.
A decisão, recomendada pelos membros da Comissão Científica da OIE para Enfermidades Animais, é importante por reconhecer o País por inteiro como uma zona livre de febre aftosa, sendo que o Estado de Santa Catarina tem o status de “livre sem vacinação” e os demais Estados ficarão com o status de “livre com vacinação”.
A médica veterinária Erika Ramos Mello, Diretora Técnica de Departamento do Grupo de Defesa Sanitária Animal da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), explicou as mudanças em relação a São Paulo: “A única alteração que ocorrerá será a extinção da noventena para os animais oriundos de Estados que não eram considerados ‘livres com vacinação’, ou seja, assim que estes animais chegarem a São Paulo, eles ficarão disponíveis para serem movimentados”.
Na segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa em 2017, realizada durante o mês de novembro, o Estado de São Paulo registrou recorde de vacinação: 99,42% de bovídeos (bovinos e bubalinos) vacinados, se comparado ao de novembro de 2016, que foi de 99,36%. Os dados são da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Durante a etapa foram vacinados 11.072.122 bovídeos. Os 64.166 bovídeos que não tiveram sua vacinação informada ao sistema estão distribuídos em 3.045 propriedades rurais, que estão sendo notificadas pela CDA. A vacinação contra a febre aftosa é obrigatória e deixar de vacinar ou de comunicar a vacinação sujeita o proprietário a multas.