Abacaxi é visto com bons olhos na região de Rio Preto

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Fotos: Leandro Gasparetti

Nem sempre descascar o abacaxi é um mau negócio. Aliás, vale muito a pena quando embaixo da casca da fruta se revela uma polpa suculenta, saborosa e refrescante. O abacaxi é bem aceito pelo brasileiro e tem plantio que não exige do produtor o uso de técnicas complicadas, o que resulta em uma boa combinação para produtores de pequenas propriedades e que trabalham com o comércio local ou com a venda direta.

Como é o caso de uma produção com cerca de 126 mil pés de abacaxi, em uma área de 2,5 alqueires, em São José do Rio Preto, no distrito de Talhados, que possui várias etapas produtivas, já que foram plantadas em épocas diferentes. “O intuito é termos o abacaxi para atender ao mercado na época que geralmente não se tem aqui na região e, que acaba obrigando todos a pagarem mais caro pela fruta, por virem de outros estados como Tocantins, Pará e Rondônia” explica Lindomar Garcia de Souza, técnico agrícola e engenheiro agrônomo.

Lindomar Garcia de Souza, técnico agrícola e engenheiro agrônomo (Foto: Leandro Gasparetti)

O preparo do solo foi feito de forma convencional começando pela gradagem – que faz com que os grandes torrões deixados pela aração sejam rompidos, deixando o solo plano; depois o arado, que se baseia na inversão de camadas do solo, normalmente realizada na profundidade de 20 cm e, a nivelagem, para deixar o solo plano para depois riscar, fazer os sulcos e, por fim, a plantação, geralmente, em fileira dupla.
Mas não basta só plantar, tem que fazer o controle fitossanitário, além do controle diário para erva daninha e, inspeções a cada 30 dias, para ver se tem sintoma de pragas. Tudo feito de forma mecanizada, para não encarecer a produção e o produtor ter uma margem maior de lucro. “Na época da plantação, trabalhávamos em 6, as vezes 8 pessoas, agora que só precisa fazer a manutenção preventiva da produção, trabalhamos em 2, no máximo 3 pessoas” comenta Luis Cardoso, agricultor.

Luis Cardoso, agricultor (Foto: Leandro Gasparetti)

Além dessa produção, a dupla possui mais 60 mil pés de abacaxi em Nova Itapirema. “Lá estamos estruturando para termos nossas próprias mudas, já que no começo, compramos a muda em outro local, mas na próxima safra já será tudo nosso, o que aumenta mais o retorno” explica Souza.
E os projetos não param por aí, os abacaxis que não forem comercializados, conhecidos como refugo, pretendem fazer polpa de fruta para venderem no comércio. “O abacaxi de refugo é uma fruta menor, que não agrada a população, por isso pretendemos fazer a polpa, assim, o abacaxi será consumido de outra forma” finaliza Souza.