Novo bioinseticida combate pragas em lavouras, sem afetar o meio ambiente e os seres humanos

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Foto: Fernando Valicente/Embrapa Milho e Sorgo

Inócuo ao meio ambiente e inofensivo aos seres humanos, o novo bioinseticida, de nome Acera, é composto por uma mistura inédita de dois isolados da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) e foi desenvolvido com tecnologia Embrapa, com parceria comercial da Ballagro Agro Tecnologia.
Indicado para controlar a lagarta-do-cartucho, a bactéria utilizada, produz proteínas com propriedades tóxicas específicas para insetos, que os afetarão, através da ação dessas proteínas, ao ingerir as folhas onde o produto foi pulverizado, portanto são inofensivas para humanos e outros vertebrados.
Acredita-se que o uso do novo bioinseticida será importante, especialmente para os cultivos de milho, soja e algodão, onde o ataque das pragas é mais intenso.
“A grande vantagem desse produto biológico à base de Bt é que ele não afeta o meio ambiente, não intoxica aplicadores, não mata os inimigos naturais das pragas e não polui rios e nascentes, contribuindo para a sustentabilidade”, destaca o pesquisador da Embrapa Fernando Hercos Valicente, desenvolvedor e responsável pela tecnologia na Empresa.
“O Acera foi registrado para o controle dessas duas espécies de lagarta e poderá ser usado em culturas como soja, milho, algodão e diversas outras”, complementa o pesquisador, ao revelar que os dois isolados de Bt usados como matéria-prima do bioproduto vieram da coleção da Embrapa Milho e Sorgo (MG).
Valicente explica, que por reunir duas cepas da bactéria Bt, com modo de ação distinto e complementar, o Acera dificulta a existência de uma possível resistência das lagartas ao produto, uma vez que a cada ano, por motivos diversos, há um aumento da resistência das principais pragas aos inseticidas, acarretando em prejuízos econômicos, sociais e ambientais.

Fonte: MAPA