Brasil embarca primeira exportação de maçãs para a Colômbia

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Imagem de Ylanite Koppens por Pixabay

A viabilização do primeiro embarque de maçãs da Agropecuária Schio, de Vacaria (RS), para a Colômbia tem por trás o empenho de produtores, responsáveis técnicos de empresas, fiscais estaduais e dos auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs), que coordenaram todo o processo.

Os servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) foram responsáveis por estruturar os procedimentos para a fruta atender aos requisitos apresentados pelo país comprador. E trabalharam em diferentes esferas e locais: em Brasília, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e até mesmo no país caribenho, nas negociações lideradas pelo adido agrícola Marcos Vinícius Coelho.

Amarildo Nespolo, auditor federal e chefe da Unidade Técnica Regional de Agricultura de Caxias do Sul (Utra), destaca a importância deste primeiro carregamento para a Colômbia pelo alto consumo da fruta e pela baixa produção interna. “Com a abertura para o Brasil, os produtores poderão disputar com Chile e Argentina, principais fornecedores de maçã para os colombianos”, explica. Para acessar o mercado do país caribenho, foi preciso atender exigências fitossanitárias locais, principalmente em relação a pragas como cochonilhas e mosca das frutas, que são ausentes naquele país.

“A parte operacional do processo é realizada pelas empresas com supervisão e fiscalização da Secretaria da Agricultura, sendo que os AFFAs são responsáveis por auditar todo o processo. Ou seja, nosso trabalho é certificar que o setor produtivo está cumprindo as exigências”, explica o auditor Roque Danieli, do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal (SISV), da Divisão de Defesa Agropecuária no Rio Grande do Sul.

Depois que a fruta é colhida, beneficiada e embalada, definem-se os lotes que serão embarcados. Nesta etapa, os auditores do Mapa do Rio Grande do Sul Amarildo Nespolo, Alan Erig e Carlos Wollmann certificam a maçã na origem, na sede da Embrapa, em Vacaria. São coletadas amostras de cada lote a ser exportado. Estando em conformidade, são carregadas em contêineres refrigerados e é emitido o Certificado Fitossanitário Internacional. Após, são enviadas para Ásia, Europa, Oriente Médio, África e, agora, também para a América do Sul.

Nespolo ressalta que, quando a missão colombiana visitou o Brasil para avaliar a possibilidade de liberação de importação da maçã, o fato de os trabalhos estarem sendo apoiados pela Embrapa, refletiu positivamente para a abertura deste mercado, que consome em torno de 100 mil toneladas de maçãs ao ano.

Fonte: Anffa