Animais estão entre os resgatados com sinais de intoxicação pela Polícia Ambiental e acolhidos e tratados no Zoológico
A equipe técnica do Zoológico Municipal de Rio Preto e a Polícia Ambiental devolveram duas fêmeas de macaco-prego à natureza na tarde desta segunda-feira (29/8).
Os animais, da espécie macaco-prego, chegaram ao Zoológico entre os dias 3 e 4 de agosto, após ser resgatados com sinais de intoxicação, na área conhecida como Mata dos Macacos, em ação conjunta com o Centro de Controle de Zoonoses e a Polícia Ambiental. Na ocasião, um filhote foi encontrado já sem vida no local.
Uma terceira macaca, recebida com sintomas semelhantes, mas também com uma fratura de fêmur, segue em tratamento na instituição e está em estado estável.
Recuperação
De acordo com o veterinário e gestor do Zoológico Guilherme Guerra Neto, as macacas sobreviventes foram tratadas com protocolo para intoxicação e responderam muito bem aos cuidados. “Ainda sem saber qual princípio ativo causou mal aos animais, a suspeita de intoxicação proposital é muito forte. Como consequência das agressões sofridas e da possível intoxicação, as macacas ficaram fracas, anêmicas e desidratadas. Fizemos o acompanhamento com exames regulares, até que elas estivessem prontas para voltar à vida livre”, afirmou.
O veterinário do Zoológico, Benhard Von Shimonsky, que também atua no atendimento aos animais, acrescentou: “As duas macacas que foram soltas após o tratamento da intoxicação receberam medicamentos para melhorar a condição física, como vitaminas e outros suplementos. Foram realizados diversos exames de sangue para monitorar o resultado desse tratamento até que se decidisse pela reintrodução à natureza”, completou.
Para Guilherme, reintegrar esses animais à natureza é muito gratificante. “Assim que foram soltas, logo subiram nas árvores e reconheceram seu habitat. É um trabalho conjunto importante entre a Polícia Ambiental e a Prefeitura por meio do Centro de Zoonoses e Zoológico Municipal. Seguimos reforçando a informação junto à população de que a nova varíola não tem registro de transmissão de macacos para humanos e sim entre humanos”, destacou.
Outros casos
Também no início do mês, o Zoológico Municipal recebeu quatro saguis-de-tufos-pretos com sinais de intoxicação, provenientes do Parque Ecológico Sul, dois no dia 3 e dois no dia 4. Nenhum deles resistiu. Outros três saguis chegaram no dia 8, sem sinais de intoxicação, mas com ferimentos decorrentes de agressões. Esses macacos também não resistiram.
Referência
O Zoológico Municipal é referência na conservação de espécies brasileiras, incluindo o atendimento a animais silvestres vítimas de ações humanas, como queimadas, atropelamentos e tráfico, resgatados pela Polícia Ambiental, Ibama e Corpo de Bombeiros. No local, eles recebem tratamento e, quando possível, são devolvidos à natureza. Grande parte do plantel da instituição é formada por animais recuperados.
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