Fotos: Divulgação (aftosa) e Leandro Gasparetti

A febre aftosa é uma doença causada por virus e é altamente contagiosa. A doença de forma geral afeta animais de casco fendido, como bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Esta enfermidade geralmente ocorre na forma de surto que se dissemina rapidamente pelos animais rebanho.
A transmissão da febre aftosa ocorre, principalmente, pelo contato entre animais doentes e sadios. O vírus é eliminado para o meio ambiente por meio das secreções e excreções dos animais doentes como secreções nasais, saliva, sêmen, leite, urina e fezes, contaminando o meio ambiente. Entretanto, o vírus também pode ser transportado pelo ar e pelas pessoas (pelas mãos e vestimentas) que podem transmitir a doença para os animais. Também pode ocorrer a transmissão pela ingestão de água, leite ou alimento contaminado com o vírus. É ainda, considerada uma zoonose, apesar de poucos relatos da doença em humanos.
Os sintomas são febre, vesículas na boca (aftas), causando salivação excessiva e lesões na forma também de vesículas nas patas e tetos. As vesículas podem estourar formando úlceras e interferem diretamente na alimentação e locomoção do animal, causando perda de apetite e dificuldades em se locomover, consequentemente redução da produção de leite, perda de peso e diminuição da eficiência reprodutiva. O animal pode vir à óbito, principalmente os jovens ou debilitados.
A principal forma de controle da doença é a vacinação profilática, que no estado de São Paulo apresentou algumas mudanças em 2018.
Nesta etapa de vacinação, que segue durante todo o mês de novembro, animais de zero a 24 meses de idade devem ser vacinados e ter esse manejo de vacinação declarado à Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo. A não vacinação do rebanho pode resultar em multas de até R$ 128,50/animal.
O Estado de São Paulo tem 11 milhões de bovinos e bubalinos atualmente, e é um dever de todos colaborarem vacinando seus animais e diminuindo as chances da manifestação da doenças nos rebanhos, situação esta que pode gerar muitos prejuízos à pecuária nacional, principalmente com o fechamento de comércios exteriores.
Segundo estatísticas, no ano passado, no mesmo período 98% do rebanho do estado havia sido vacinado.
Contamos com sua colaboração nesta próxima etapa para continuarmos, se não, aumentarmos esse índice!
Em caso de dúvidas à respeito do manejo de vacinação, entre em contato com os órgãos competentes ou com o médico veterinário de sua confiança.

Artigo – Revista Magazine AgroFest

Paulo Belarmino
Médico Veterinário
CRMV-SP: 30.174 / CRMV-MS: 4.833

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