O governo do Iraque quer exportar fosfato para o Brasil

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O produto é um dos três componentes utilizados na produção de fertilizantes – os outros são potássio e nitrogênio – e o mercado brasileiro importa 90% de tudo que consome. “Trata-se de uma oportunidade de aproximar mais os dois países além de assegurar ao Brasil o fornecimento de uma matéria-prima estratégica para o agronegócio”, afirma Jalal Chaya, vice-presidente da Câmara Brasil Iraque.
O anúncio foi feito em Bagdá pelo ministro do Planejamento e interino do Comércio do Iraque, Salman al-Jumaili; ao embaixador do Brasil no Iraque, Miguel Magalhães. Participou do encontro a delegação de representantes da Câmara Brasil Iraque.
Os fertilizantes são usados amplamente no campo na produção agrícola destinada a consumo final e a ração animal variada. “Como um dos líderes mundiais no setor de agronegócios o Brasil precisa de fornecimento de fosfato em elevadas quantidades e de um parceiro confiável para negócios de longo prazo”, enfatiza Chaya.
A descoberta foi feita na província de Al-Anbar e o levantamento aponta para reservas de 10 bilhões de toneladas e por isso já é considerada uma das maiores reservas do produto em todo o mundo.

A maior concentração está na área do vale do Swab, rio temporário da região, com 3,5 bilhões de toneladas. A primeira área de exploração já dimensionada para entrar em operação é Akashat que poderá fornecer 3,4 milhões de toneladas anuais de fosfato.
Atualmente o Brasil exporta ao Iraque um número variado de mercadorias que inclui boi vivo, carne bovina congelada, frango congelado, açúcar, arroz, chocolate, medicamentos, mobiliário hospitalar entre outros itens. Em 2015 o faturamento com vendas ao mercado iraquiano somou US$ 632 milhões. Enquanto importa basicamente petróleo e no ano passado gastou US$ 474 milhões em compras.

Foto: Dinheiro Rural / Divulgação