Foto:Pixabay

ABCZ emitiu nota de indignação com a sugestão do Senado

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), publicou nesta quarta-feira (1º), uma nota de indignação, após o Senado Federal, informar que a sugestão legislativa, que propõe a proibição da exportação de animais vivos destinados ao abate, será analisada como possível projeto de lei.

O projeto foi aprovado na segunda (30), na Comissão de Direitos Humanos (CDH), relatada pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) e será analisado como projeto de lei. 

O manifesto é assinado pelo presidente da ABCZ, Rivaldo Borges. 

Veja a nota completa:

“A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) vem a público demonstrar sua indignação com o anúncio de que o Senado Federal analisará a proibição de exportação de animais vivos para abate. Inaceitável assistirmos, mais uma vez, a um ataque a uma atividade lícita e tão importante para a nossa economia.

Sabemos que o pecuarista brasileiro busca, historicamente, alternativas para driblar os altos custos porteira adentro e para aumentar a geração de emprego e renda para este país. Além de abastecer o mercado nacional, vendemos nossos produtos – material genético, carne e animais vivos – também para o exterior, fazendo crescer nossa atuação no mercado mundial e garantindo a entrada de mais volume financeiro para o Brasil.

Os dois primeiros produtos citados – material genético e carne – muitas vezes são exportados através das indústrias, em especial das centrais de inseminação e dos frigoríficos habilitados, que concentram a maior parte do lucro dessas exportações. Já o BOI VIVO é um nicho de mercado específico, que, além de não competir com a carne, trouxe uma nova opção de venda com melhor remuneração ao pecuarista. Uma modalidade também explorada por diversos outros países da União Europeia e pelos Estados Unidos. 

Os argumentos apresentados por quem ataca a atividade são infundados e demonstra profundo desconhecimento sobre o cumprimento da regulamentação da IN46/2018 MAPA  – que se baseia nas normativas da OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) – sobre o bem-estar dos animais. Além disso, é totalmente inaceitável vermos ser menosprezada a exportação de gado vivo, que, só em 2019, movimentou cerca de US$ 457,2 milhões, segundo as Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro do Ministério da Agricultura.

Mais uma vez, em nome dos mais de 23 mil associados da ABCZ, que lutam diariamente pelo desenvolvimento deste país, expomos nossa revolta e pedimos atenção dos órgãos competentes. Estamos certos de que, conhecedores da importância deste mercado para a cadeia produtiva brasileira, os excelentíssimos senadores, bem como os representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, se posicionarão logo quanto ao assunto pondo fim a esses ataques inadmissíveis.
Mais do que nunca é momento de valorizarmos quem produz e apoiar toda e qualquer atividade – que de forma lícita e digna – traga frutos para nosso país”.

Fonte:Sistema Brasileiro do Agronegócio

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