O palmito de pupunha é um vegetal obtido do núcleo da haste de uma palmeira nativa da região amazônica, a Bactris gasipaes kunth. Rico em minerais e antioxidantes, é nutritivo e tem baixo teor calórico, cai bem na salada, em pratos quentes ou até mesmo direto do vidro em conserva. Sua principal característica é a maciez.
Diferente do palmito de extraído do pé de açaí, o palmito de pupunha não amarga, não escurece e tem sabor mais adocicado.
A cultura da pupunheira se adaptou bem às condições de clima e solo do Estado de São Paulo. Na região de Olímpia, essa espécie de palmito se tornou favorável à agricultura familiar, já que o plantio da pupunha pode ser iniciado em apenas 1 hectare que começa a produzir precocemente, 18 meses depois.
Em geral, sua vantagem também está agregada pela capacidade de emitir novos ramos a partir do corte da “plantamãe”, o que dispensa novos plantios por um longo período de tempo, dessa forma, implantação da cultura, oferece a possibilidade de cortes frequentes e o ano todo, fato este, que torna a pupunha uma cultura sustentável, bastante produtiva e rentável ao produtor.
Em Cajobi, a Roselen Alimentos possui 24 hectares de palmito pupunha plantados em sua propriedade. Além da produção própria, a agroindústria que processa o palmito conta a parceria de outros 30 produtores da região que recebem apoio técnico e seguem o padrão de qualidade da empresa.
“Antes, era preciso buscar o produto até mesmo outros estados. Agora, com a produção perto, todos saem ganhando”, destaca o gerente de produção da Rosolen, José Guilherme de Castro.
Na Rosolen Alimentos, os palmitos são selecionados manualmente do corte à embalagem, o que garante 100% de aproveitamento. A produção que gera em torno de 40 mil vidros envasados por mês, é destinada à comercialização no estado de São Paulo e em algumas cidades de Minas Gerais.
“O consumidor, muitas vezes, tem dificuldade em encontrar uma marca com um padrão de qualidade. Acredito que este é o principal motivo por estarmos em constante crescimento no mercado”, afirma o gerente comercial da Rosolen, Bruno Nicola Lopes.
*Matéria publicada na edição 43- Agosto/Setembro 2021