Projeto Cacau SP da CATI incrementa à produção do fruto no Estado

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Idealizado pelo grupo técnico da CATI Regional de São José de Rio Preto, o projeto Cacau SP promove a produção do fruto por meio do Projeto Consórcio Cacau e Seringueira, também executado pela CATI, desde 2014. A produção em sistema de consórcio permite o fortalecimento das atividades agrícolas de forma sustentável, já que se trata de um cultivo integrado. O sistema ainda se utiliza da bananeira na fase inicial para sombreamento das mudas e mais uma alternativa de renda.

Andrey Vetorelli – engenheiro agrônomo da CATI

O projeto visa cinco frentes de atuação: Inovação, Tecnologia, Produtividade, Rentabilidade e Sustentabilidade. “A cacauicultura é uma atividade de alto valor econômico, com potencial para promover rápida amortização do capital investido e rentabilidade, com grande impacto no desenvolvimento sustentável nas áreas social, econômica e ambiental, nas regiões onde for instalada”, constatou o engenheiro agrônomo Andrey Vetorelli, da CATI Regional São José do Rio Preto, integrante do Grupo Técnico do Projeto Cacau SP.

Ao longo de quase seis anos de execução do Projeto Consórcio de Cacau e Seringueira, Andrey Vetorelli relata que a realização de eventos como palestras, workshops, Dias de Campo, visitas técnicas e cursos tem sido essencial para divulgação das tecnologias de produção e incentivo à adesão do cultivo do cacau na região de São José do Rio Preto.

“Com a evolução da implantação do Projeto e realização desses eventos, percebemos, a cada dia, o aumento de interesse nesse modelo de consórcio, por produtores que desejam implantar projetos comerciais e áreas-piloto em municípios de outras regiões paulistas, os quais têm nos procurado para visitas técnicas nas Unidades de Adaptação de Tecnologia que foram instaladas (em diversos municípios da região). Nessas UATs, são geradas e adaptadas tecnologias de produção, pois nelas estão sendo aplicadas diferentes técnicas de manejo da cultura, irrigação, adubação, tratamento fitossanitário e de plantas daninhas, além de colheita e coleta de informações para análise financeira do sistema”, explica Andrey, informando que, nessas áreas – abertas para difusão de conhecimento a todos interessados, principalmente aos produtores rurais –, também estão sendo avaliadas diferentes densidades populacionais para cultivo, bem como a implantação de cacau com plantas nativas, visando atender economicamente áreas de Reserva Legal. “O cacau é originário da Região Amazônica e aqui em nossa região é utilizado como exótico juntamente com as nativas em áreas de reserva legal”.

Foto: Divulgação CATI

No início do Projeto, em 2014, a área plantada com cacau na região de São José do Rio Preto era de cerca 10 hectares; atualmente, já são contabilizados mais 200 hectares cultivados.

Vislumbrando o desenvolvimento de uma atividade de alto valor econômico, com potencial para promover rápida amortização do capital investido e rentabilidade com impacto na economia regional, diversas entidades se tornaram parceiras, como a Associação Comercial e Empresarial de São José do Rio Preto (Acirp). O projeto conta ainda com patrocínio da Fundação Cargill e efetivo acompanhamento de técnicos da Ceplac, assim como apoio da Faculdade de Tecnologia de São José do Rio Preto, da Escola Técnica de Monte Aprazível, do Sindicato Rural/Senar de São José do Rio Preto, do IAC- Instituto Agronômico e da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) – Polo Regional Pindorama.

*Matéria da edição 48- Junho/Julho 2022 da Revista Magazine Agrofest