Rio Preto busca certificação para projetar agroindústria no mercado nacional
Processo para equivalência do Sistema de Inspeção Municipal ao SIF está em andamento; 12 empresas de alimentos de origem animal se preparam para atender exigências do novo Serviço de Inspeção Municipal (SIM)
A Prefeitura de São José do Rio Preto, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, efetivou, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), seu cadastro de adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI).
O objetivo é fazer com que a certificação emitida pelo Sistema de Inspeção Municipal (SIM) passe a equivaler ao Serviço de Inspeção Federal (SIF). Na prática, isso permitirá que produtos de origem animal produzidos e certificados pelo município sejam comercializados em todo o País.
“Uma vez vinculado o selo do SIM ao SISBI, a agroindústria local poderá vender para outros municípios dentro e fora do estado. Estão sujeitos à inspeção: os animais destinados ao abate, seus produtos, subprodutos e matérias-primas; o pescado e seus derivados; o leite e seus derivados; o ovo e seus derivados; o mel, a cera de abelha e seus derivados”, explica o secretário de Agricultura e Abastecimento, Pedro Pezzuto.
Com isso, o consumidor ganha tranquilidade quanto à origem e qualidade do produto que vai consumir e o produtor tem uma expressiva oportunidade de expansão de mercado.
O Sistema de Inspeção Municipal (SIM) atua sobre a produção e o processamento dos alimentos na indústria. Já à Vigilância Sanitária, compete a venda final de varejo.
O SIM é semelhante ao SIF – Serviço de Inspeção Federal e ao SISP – Serviço de Inspeção Estadual, que juntos integram o SUASA – Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. Atualmente, apenas 23 municípios e quatro consórcios municipais têm o SIM vinculado ao SISBI.
Processo de adequações
Para solicitar adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI), o Sistema de Inspeção Municipal (SIM) passou por uma série de adequações, dentre elas a sua transferência da área da Saúde para de Agricultura e Abastecimento, integrando as políticas públicas de segurança alimentar e nutricional.
“Dispomos de normas, protocolos, infraestrutura laboratorial e corpo técnico para realizar o processo de credenciamento das empresas que processam alimentos de origem animal. Além de fiscalizar, oferecemos apoio para que os produtores se adéquem aos padrões higiênico-sanitários exigidos nacionalmente”, comenta o médico veterinário Izalco Nuremberg, responsável pelo SIM.
No fim do mês de junho, nos dias 28 e 29, o SIM e seus parceiros Sebrae e Senai realizaram o curso ‘Boas práticas de fabricação e higiene sanitária’, voltado especificamente às empresas que estão em transição para obter o novo selo. A capacitação gratuita faz parte do programa de autocontrole exigido desses negócios.
Expectativa da agroindústria
Atualmente, 12 micro e pequenas empresas que produzem alimentos de origem animal estão em processo de obtenção do novo registro SIM. Uma delas é a Munhoz Rei da Cuiabana, que investe em ampliação e outros aspectos para futura auditoria do MAPA, uma vez obtida a equivalência do sistema municipal ao federal.
“É grande a expectativa de levar nossos produtos para todo o País. Com o selo equivalente, projetamos um crescimento entre 30% e 40% e a contratação de novos profissionais para a equipe”, comenta o empresário Fábio Munhoz, que comanda o negócio ao lado da irmã Márcia Munhoz.
Estima-se que cerca de 40 empresas agroindustriais de Rio Preto tenham potencial de certificação pelo SIM e, consequentemente, alcançada a correspondência ao SISBI, de expansão de fronteiras de mercado.
“Nosso papel é fazer com que São José do Rio Preto desenvolva todo o seu potencial econômico, com geração e ampliação de negócios, criação de tecnologias e empregos, na melhoria na vida de seus habitantes.” Prefeitura de Rio Preto
*Matéria da edição 42- Junho/Julho 2021 da Revista Magazine Agrofest